Quatro atos na Casa do Carbonara

 

Primeiro Ato:Blanc de blancs e presunto espanhol

O terroir de Montgueux foi colocado em destaque pelos amantes de champagne por causa da família Lassaigne. Tanto destaque ganhou que alguns chamam esses vinhedos de Montrachet das borbulhas, fazendo alguns se esquecerem de mesnil sur ogers, o mais reputado terroir de chardonnay da terra dos espumantes, que tem em Krug, Pierre Peters e companhia seus principais nomes. Esse blanc de blancs tem uma mineralidade instigante, elétrico no paladar, persistente, gastronômico. Os champagnes de Lassaigne são uma das maiores novidades no mercado brasileiro nesse ano. Chegaram ao Brasil pela @uvavinhos, sendo que o básico chegou a um ótimo preço. Aqui a harmonização buscou o paralelo entre mineralidade do terroir de Montgueux com a salinidade e os aromas terrosos do presunto espanhol de porcos alimentados por belota.

Segundo ato: Borgonha e arroz bomba com caldo de frango

@pierreyvescolinmorey tem uma legião de fãs espalhados pelo planeta. Faz vinhos opulentos e generosos em uma extensa gama que cobre boa parte dos terroirs de brancos da Cote de Beaune. En remilly é um dos melhores terroirs de saint aubin, uma comuna que vai ganhar crescente destaque com o aquecimento global e que nas maos certeiras produz alguns dos melhores custos-beneficio da Borgonha. Esse ganhou muito com a comida, um ótimo arroz untuoso com o caldo de frango feito pelo anfitrião @joaogferraz.

Terceiro ato: Gevreys Chambertins e prime rio, dry aged 55 dias

A anedota é que um homem e uma mulher saíram juntos para um lugar. Ele esqueceu o nome dela, do lugar, mas nao do vinho: Chambertin. Gevrey tem reputação histórica, era o vinho preferido de Napoleao, que o diluia com água. A fama para muitos é que aqui nascem vinhos viris, masculinos, duros. Isso vale se a comparação é feita com Chambolle ou vosne, mas estão muito longe dos Pommards. As mãos habilidosas de Rousseau, Dugat e outros posicionam essa comuna entre os grandes borgonhas e são finos, elegantes, cavalheiros`a mesa. Precisam apenas de anos para mostrarem a que vieram. Cazetiers é o vizinho de Clos Saint Jacques. Vizinho menos ilustre que Lavaux Saint Jacques, mas nas mãos certas os vizinhos resultam em vinhos que podem ficar no mesmo patamar ou superar Clos St Jacques como os de Sylvie Esmonin e Louis Jadot.

A harmonização aqui foi com um corte especial do Cor, um prime rio envelhecido por 55 dias, servido com um caldo de frango e trufas de verão, vinhos e carne fizeram casamento perfeito, em um prato com carne que me fez pensar ha quantos anos não comia uma carne tão boa quanto essa.

Quarto Ato: Mosel

 

 

Mosel faz alguns dos mais delicados vinhos brancos do planeta, a chambolle musigny do riesling. Ali alguns nomes se destacam, entre eles @jjpruem. Esse 2003 com oito graus de alcool mostra longevidade, equilíbrio e delicadeza. Uma torta de maçã com açúcar apenas da fruta.

 

 

 

 

 

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Close
INSTAGRAM
Latest Travel Blog
Close

Pisando em Uvas

Explore o universo do Vinho

© 2019 Pisando Em Uvas. Desenvolvido por DForte
Close