Pisando em uvas: Cave Leman

 

 

Pierre Clair, que trabalha na linha de frente de Marquis d´Angerville e, antes, esteve no Domaine Montille, está desde 2006 à frente de seu projeto pessoal: Clair Obscur. Com 3,5 hectares, ele produz vinhos naturais (aqui e acolá pode surgir uma pitada de sulfito) de terroirs menos afamados da Borgonha, vinificando brancos (aligoté e chardonnay) e tintos (principalmente com pinot noir). Seus principais destaques vêm de Maranges e de Beaune. Os vinhos começaram a vir para o Brasil desde o ano passado pela importação exclusiva da @caveleman, de Marcio Morelli. A filosofia se apoia em um tripé: fermentação com os cachos inteiros, madeira nunca de primeiro uso, sem aditivos.
Em recente degustação da safra 2020, pudemos provar quase todos os vinhos da seleção importada, faltou apenas foi o aligoté, que estava bouchonée e era garrafa única. Foi a primeira degustação da safra 2020, alardeada por muitos produtores como uma das melhores dos últimos 20 anos, comparável à excelente 2010, mas com uma diferença: maior quantidade.
Os vinhos foram abertos e servidos em seguida. Comentário geral: às cegas, não se parece tratar de vinhos da Côte de Beaune, podendo causar complicações aos degustadores. Há uma fruta suculenta, boa persistência e concentração, além de toques de pitanga.
Bourgogne origine 2020 – É envelhecido em barricas de carvalho de pelo menos 5 anos de uso por 12 meses. Um vinho com fruto e certo corpo, bom para terrines de campanha. Fruta suculenta de um cartão de visitas que vale à pena conhecer.
Bourgogne Passetoutgrains 2020 – Um corte de Pinot Noir e Gamay, frutado, descompromissado, alegre como a apelação pede.
Maranges Aubuzes 2020 – Aqui há uma degustação interessante a se fazer e colocar às cegas os Maranges de Pierre Clair com os feitos por Pablo Chevrot (importados pela Anima Vinum). Com vinhedos plantados em 1985, aqui um acento mineral se percebe.
Maranges sur le bois 2020 – Um toque mais de fruta e mais intensidade que o Aubuzes, mais fechado, taninos mais refinados que o anterior. Parcela de 30 anos. Localidade: Cheilly les Maranges. Solo arenoso cercado por acácias selvagens.

Beaune Les Prévolles – Outra boa ideia de degustação, colocando esse ao lado do feito por Fanny Sabre (wines4u.com.br) e de Jean Claude Rateau (www.delacroixvinhos.com.br). Ainda bastante fechado e novo.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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