O fotógrafo norte-americano Peter Lippmann captura imagens de grande formato, numa série que intitula “Noble Rot”. Tal como nos vinhedos, Lippmann procura nas suas fotografias deter o foco em cada bago destas uvas castigadas pelo fungo Botrytis cinérea.
Sob as condições ideais de clima úmido, seco e soalheiro à tarde, a uva sujeita à presença de um fungo chamado Botrytis cinerea, desenvolve a denominada Podridão Nobre. Isto por oposição à Podridão Cinzenta, provocada pelo mesmo fungo, mas que, a si, não chama nenhuma nobreza. Pelo contrário decompõe a uva e inviabiliza a sua utilização.
Peter registra através desse projeto um dos nossos maiores medos, a decadência física. No caso vertente demonstrando que a decrepitude é um caminho para um momento maior, quando as uvas se tornam vinhos que perduram no tempo.