Como faz-se enquete de qualquer coisa, proporia que fosse realizada uma sobre as cinco preferências de culinária. Duvido que a alemã ficasse entre as cinco e talvez tivesse dificuldades para ficar entre as oito. Se fosse cerveja, o caso seria diferente.
Quem gosta de comida alemã não tinha muitas opções em São Paulo, muito menos novas, as existentes são históricas como o Windhuk (meus pais foram lá há mais de 4 décadas quando eu nem nascido era). Mas o verbo agora ficou no passado. Hoje há opção na capital: o chef Tobias, na simão alvares, entre a teodoro e a cardeal.
Além da ótima comida alemã, há aqui uma carta de rieslings que não se encontra em qualquer lugar: Wittmann e Thomas Haag dão as cartas em seus excelentes brancos. A dona da importadora Weinkeller, que traz esses rótulos, é casada com o chef Tobias Welch.
As linguiças artesanais são um ótimo aperitivo e podem ser encomendas para serem comidas em casa. Dois destaques: a típica do Pfalz, com carnes suínas e toque de noz moscada, e a de Nuremberg, com carnes suínas e ervas finas.
Gosta de batata frita? Peça aqui. Secas, crocantes, já acabaram?
Spatzle com ragu de linguiça artesanal foi um bom prato, mas a expectativa é com o wiener chnitzel, que começará a ser servido a partir do fim do mês de outubro. O escalope à moda de Viena será testado em breve.
Ao término, a torta de maçã, que, apesar do terroir alemão, teve toques proustianos. Lembrou a da minha avó, a doçura da maçã conduz o doce, algo tão difícil por aqui em que a tradição portuguesa de doces doces se faz presente. Digno de um auslese, pena que eles não oferecem um em taça.
Habemus comida alemã e rieslings de alta qualidade! Vida longa!
Depois de uma parada na Alemanha, ao recebermos a visita de um amigo que mora hoje em Joinville, terminamos a tarde entre um belo barbaresco 2018 de Bruno Rocca e o ótimo fleurie 2018 de Gregoire Huppenot, ambos na World Wine.
Prost!