O alto preço do metro quadrado nos últimos dez anos mudou as opções gastronômicas de São Paulo. Ao lado de Higienópolis, vieram endereços em Santa Cecília, Baixa Augusta e no centro; em Pinheiros, vários novos pontos se esparramaram para o outro lado da Faria Lima, perto de uma das estações de metrô da linha amarela e onde só se falava do “cu do padre” e de suas batidas.
Uma das opções abertas ano passado, em Baixo Pinheiros, é o Fitó, ali na Cardeal Arcoverde, pertinho do metrô e da Teodoro. Com base na comida do Piauí, o restaurante oferece menu executivo a preços convidativos durante a semana, com a maioria das opções abaixo de R$ 30. Na segunda, é o dia do arroz de carne de sol feito na casa com vinagrete de tomate e mandioca (único defeito do prato, dura demais); na terça, carne de panela, na quarta costelinha de porco.
Antes de chegar aos pratos principais do menu executivo, que acompanham uma saladinha, vale à pena pedir uma entrada, com três destaques: a casquinha de siri é uma das melhores de São Paulo, o bolinho de costela é viciante e os pastéis com bobó de camarão, carne de sol ou queijo coalho com melaço são ótimos.
O cardápio à la carte, com a maioria dos pratos também na casa dos R$ 30, exceção à boa peixada (R$ 45), tem uma boa carne de sol feita na casa, baião de dois vegetariano e frango caipira assado.
Antes que esqueça, o Fitó tem outro ponto forte: a carta de bebidas. Há refrescos como a cupuaçu soda (cupuaçu, água com gás e açúcar) e o sossega lampião (maracujá, água com gás e mel de camomila), há drinks como o cajuína sour ou ótimas caipirinhas, como a de caju, difícil de achar por aqui. Há ainda cervejas artesanais brasileiras e vinhos brasileiros difíceis de encontrar. Nos sábados, quando a espera pode levar duas horas para se sentar a uma mesa, as bebidas e as entradas tornam a espera menos angustiante.