Se os detalhes faziam diferença no mundo pré pandemia, hoje eles se tornaram essenciais. Olhar atento, dedicação, cuidado são substantivos tão usados, mas pouco vistos e sentidos. Há alguns dias em que se quer fugir da rotina, se quer algo especial, se quer aguçar as papilas, testar uma nova harmonização: os vulcânicos etnas biancos rimam com sushi e sashimi? Antes, escolhia-se um restaurante, reservava-se uma mesa, sentava-se ao redor do balcão, ouviam-se as recomendações do sushiman, assistia-se aos peixes sendo cortados e preparados na frente. O vírus mudou os rituais, os locais, os hábitos, mas não modificou o apetite, o gosto pelas harmonizações, nem a necessidade de conforto em alguns dias.
Ainda bem que existem lugares como o Aizomê. O frescor da alga e dos peixes mostra que o esmero continua igual, com ou sem pandemia. Só esperamos que ela passe logo e a gente possa trocar o balcão de casa pelo do restaurante, um dos melhores endereços para comer japonês em São Paulo.