Skye, descendo a garganta abaixo: Não vale a vista, e nem o tempo

 

Antes de julgar, lembro que as pessoas estão acostumadas a pagar pelo o que não vale e deixam por menos quando o local tem um endereço de sucesso inabalado. As vezes, é assim mesmo, reclamam, fazem uma lista de desconforto, jogam nas redes, lemos, mais deixam por menos por causa de uma vista que não passa de uma vist… A câmera e meu namorado eram tudo o que eu tinha, e eu os segurava como as coisas mais esperançosas, com ranço desse lugar.

O desastre podia ter sido salvo pela lombriga que vive em mim, a sobremesa do cardápio vinha com marketing e tudo: “tão famosa” sobremesa do Skye, bar – restaurante. Em forma “simbólica“ de 20 temers, mais o tempo, que é inegociável; fez da conta total, cara!!!

Questiono como um local conhecido pelos detalhes luxuosos de sua arquitetura interior. Falharia terrivelmente na ILUMINAÇÃO, ouvi gente que só foi  para o “incrível“ bar somente pelo terraço, com foco certo de registrar, e o óbvio: … De toda forma, não existe uma iluminação indireta que faça jus ao ambiente, há uma escuridão de beco de rua com poste queimado. Para comer uma sobremesa dessas deve ser ótimo, não enxergas o prato, comes o duvidoso pelo certo.

Vamos à necessidade básica de todo aventureiro cliente ou aventureira cliente:  “Toalete químico“, nesse caso aqui ele vem sem aquela manutenção que seria de praxe, me fez comparar aos espetaculares  “banheiros químicos de bloquinho de carnaval“, sabe?  aqueles espalhados pelas ruas no meio desse carnaval, sim, me senti obrigada a usar o que oferecem, por necessidade, e não vi paz nisso.

Mas o que me“ felicita“ é ter colocado expectativa em salvar a noite na escolha de um simples “doce“, e ele ser tão decepcionante quanto a lombriga doce; sem açúcar eu morro. O autor dessa linda sobremesa, ou da enganosa frase que vende decepção, estava numa M danada na vida. Uma pedra de gelo sem gosto com bolacha maria! Diz no cardápio:  Carro-chefe*.

Certamente querem desovar aquele sorvete de marca diabo que compraram na esquina de algum mercadinho: GOSTOSO, de um gosto inESQUECIVEL, INDESCRITÍVEL ao ponto de QUEBRAR a dentadura;  esperar aquela “beleza única“ derreter do ponto de pedra para o ponto de mordível para levá-lo à boca; isso não tem preço!

ps: Tomo muitos sorvetes, nada baratinhos, dez por mês,  e  também faço um sorvete aí; e nunca antes tinha comido algo que se assemelhasse com uma mistura congelada esquecida no freezer, nojo, nem nos tempos de república.

O que me faz perguntar:  o que ajuda a formar os pilares desses locais de gastronomia da moda tão RICOS, inESQUECIVEIS e ORIGINAIS? Fico emocionada, e com vontade de repetir mais vezes essa cena, em vista que meu tempo me é caro.

PS1: Se os relatos aparentemente embrulhados não derem um sentido, me explico: todo prato lhe sussurra uma história, e o importante é saber ouvi-la.

 

 

 

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