A Insustentável Leveza das Massas

Por Fernanda Fonseca

 

Conseguir reserva ou mesa no festejado Shihoma não é tarefa fácil.
Mas otimistas que somos, numa sexta-feira gelada, chegamos ao restaurante às 18:30h.
Deu certo.
Compartilhamos entradinhas variadas acompanhadas pelo Dolcetto D’Alba da safra 2017 do produtor Ferdinando Principiano – minha última garrafa. Ele produz vinhos limpos e elegantes, como eram feitos no passado.
Nada a ver com os Dolcettos tânicos, encorpados com pouca acidez que bebemos por aí.
Esse é macio, elegante, acolhedor.
Foi a primeira garrafa da noite.
Em meio a gargalhadas, conversas secretas que deixaram de ser secretas pois o grupo fala alto e faz dezenas de observações sobre as pessoas das outras mesas,
passamos para a segunda garrafa. Um passeio pela Toscana típica.
Chianti Classico Riserva 2017 do produtor Riecine, referencia na região. Ainda um garoto, tem um bom caminho em garrafa. Mesmo assim fresco, musculoso e com muita tipicidade. Oferecimento Roberto.
Nos pratos, massas leves, finas e muito bem preparadas. Há quem diga que tem ovo sobrando na confecção.
Um pão de ló morno, encharcado de azeite e envolto em papel fez um show na mesa na hora da sobremesa.
Obviamente as duas garrafas não foram suficientes. Pedimos uma terceira garrafa da carta de um vinho velho conhecido mas com preço um pouco salgado.
O encontro teve duração de cinco horas. Estou rouca e afônica. Quando vai ser a próxima?
PS: além de falarmos em voz alta e falarmos de vizinhos ao redor, ficamos de olho nas garrafas deixadas de lado, quando se esvaziam as mesas. Pergole torte 2016 estava muito bom, só não pudemos agradecer a quem trouxe. Até porque ele nao sabe da oferta.

Fernanda Fonseca

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