yong dimsum bar – não somos mais órfãos

 

A pandemia fez uma vítima em Nova York: com 800 lugares, o Jing Fong, aberto em 1978,no coração do bairro de Chinatown, fechou as portas há três anos anos. Seu principal destaque era o dim sum, refeição de origem cantonesa composta por pequenas porções —desde pastéis fritos recheados com carne de porco até pés de galinha cozidos. Foi tema até de reportagem nossa na Folha na última viagem para os Estados Unidos, em que máscara era artigo de UTI ou centro cirúrgico. Foi uma dica do Alex, nosso amigo chinês, que de vez em quando prepara pratos de sua terra natal para nós. A orfandade não durou muito.

Dia desses, enquanto andávamos pelas ruas de Pinheiros no festival semestral que ocorre no bairro, nos deparamos com a fachada do yong dimsum bar.

Na Fradique Coutinho 61, pertinho de uma das saídas do metrô Fradique, a uns 50 metros da rua dos Pinheiros, esse restaurante inspirado em pratos de Hong Kong tem sua inspiração nos dims sums. Depois de três visitas à casa, podemos dizer que encontramos nosso lugar para comer antes de ir ao cine sala, passar na livraria da Vila ou iniciar uma noite Mastroianni.

No cardápio, há alguns destaques, como o shao mai (massa fina enrolada em carne suína, camarão e cogumelo shiitake), har gao (pastelzinho de camarão e broto de bambuo); char siu bao (pão na fôrma de trouxa com copa lombo ao molho de ostra); shimeji bao (um bao vegetariano com o molho do restaurante) ou o pato de pequim bao (bao com fatias do pato laqueado com molho do restaurante).  Os chilis wontons são delicados e não são demasiadamente apimentados (ainda mais comparados com o tailandês Ping Yang, tema de futuro post). O crispy de camarão é uma entrada de fritura para que os sem vesícula não se arrependam.

Para não dizer que não falamos das bebidas, elas aqui são outro capítulo à parte, sempre com um toque oriental. No capítulo alcóolico, a carta do consultor Diogo Sevilio oferece por exemplo o young fashioned (com o toque de um toque de xarope medicinal chinês) e o Tiger Highball (com soda artesanal de jasmim e maçã). No capítulo sem álcool, as sodas artesanais são um destaque. Foi-se o tempo que a soda era refrigerante de supermercado. Aqui a preferida é a de lichia com hortelã.

 

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