Aprendi a tomar café com minha avó materna, que todas as tardes quando cuidava de mim fazia um bule. Década de 1980, não havia cafeteira italiana, não havia café especial, menos ainda alguém tinha inventado o nespresso. Quando minha avó morreu, parei de tomar. Não sei por quê. Freud explica.
Não sou barista. Bebo um pouco todo o dia, sempre sem açúcar. Caí dia desses no Eugênia Café Bar, um café recém aberto em Pinheiros, na Cônego Eugênio Leite quase esquina com a Teodoro. Lugar legal, para não eleitores do Bolsonaro. A Paula, atendente, sugeriu que tomássemos um café coado que vem da Serra da Mantiqueira de um pequeno produtor chamado Domiciano. O grão é comprado pelo Henrique, do Catarina Coffee (Oscar Freire), prensado e torrado por ele. Não entendo nada de café, mas, depois de ter bebido uma xícara dele e ele permanecido por horas na minha boca, só posso dizer que quero agora entender dessa bebida.
Mais um, por favor!
Eugênia Café Bar: R. Cônego Eugênio Leite, 953