Era uma vez uma segunda-feira …
O norte do Rhône é reputado pela syrah e pelas duas apelações mais badaladas: o potente hermitage, cujo ápice sai das mãos de Jean Louis Chave, em ambas cores, e cote rotie, o lado mais delicado, cujo auge surge de Guigal e seus três la la las.
No sul do Rhône Setentrional, logo abaixo da apelação Saint-Joseph, existe um terroir diferenciado, de excelente exposição solar e totalmente protegido dos ventos. Não é à toa que Cornas significa “terra queimada”.
Elaborado exclusivamente com Syrah, esta apelação de 130 hectares é considerada maldosamente como “Hermitage dos pobres”. Tem lá uma certa rusticidade, mas é um tinto musculoso, longevo e impactante, por um preço bem mais acessível que seu primo rico.
Nessa região, Mathieu Barret, do domaine du Collet, molda belos syrahs, elegantes, profundos e que nada lembram a rusticidade da maioria dos vinhos de Cornas. Além de uma gama variada e com vários vinhos abaixo de 300 reais, ele oferece propostas diferentes: tintos descompromissados e outros que são um convite para a boa mesa ou para reflexão.
Os vinhos vêm pela @delacroixvinhos, um dos mais charmosos endereços de comida e bebida em são paulo, que sempre dá vontade de trocar a chácara pela vila encrustada nos Jardins.
O petit ours é um vinho de 199 reais, com uma mescla de frutas negras e um elegante floral. O je suis ton pere, feito com a dureza, o pai da syrah, resulta em um tinto frutado com especiarias.
Os vinhos de Barret dialogam entre si e entre o portfólio da Delacroix, que ainda traz os belos tintos e brancos de Ferme de sept lunes, uma estrela de saint joseph, com um outro lado dos excelentes vinhos dessa apelação do norte do Rhone.
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