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O portfólio superlativo de Cyprien Arlaud

Cyprien Arlaud é um dos mais talentosos vignerons da nova geração bourguignone. Detentor de uma extensa coleção de rótulos entre MoreySaint-Denis, Chambolle-Musigny e Gevrey-Chambertin, ele é um nome certo em qualquer um de seus vinhos – do excelente Bourgogne Roncevie, comprado pela família como um Gevrey-Chambertin, mas na hora do registro rebaixado, até os refinados e completos grands crus, sendo o último a ser degustado no Domaine o Bonnes Mares, comprado há mais de quatro décadas pelo preço de uma vaca, mas hoje com uma garrafa valendo mais que uma vaca.

Tenho uma certa implicância com seus Chambolles, mas de resto se podem comprar de olhos fechados seus vinhos. Na extensa coleção dos seus villages, destaque para o ótimo Morey Saint-Denis, terroir em que está localizado o Domaine, bem perto de onde está a casa de Dujac. Dos premiers crus, há três grandes vinhos. Dois deles são Morey Saint-Denis, um o Chéseaux, o outro o Ruchots, talvez o melhor premier cru da vila que ostenta quatro grands crus. O outro é o Gevrey-Chambertin aux Combottes, um premier cru rodeado de grands crus, como Latricières, Mazoyères e Clos de la Roche. Nas mãos de Cyprien, rendem vinhos elegantes, profundos, que demandam pelo menos dez anos para abrir seus aromas. Vinhos gastronômicos.

A safra 2016 é considerada clássica, a de 2017 promete ser tão grandiosa quanto 1999. O ano não foi fácil. Os produtores de Gevrey a Chassagne queimaram toneladas de palha ao longo dos vinhedos para protegê-los da geada de abril. O problema não é a geada em si, mas a camada leve de gelo sobre as videiras, quando o sol da manhã chega, são queimadas pelos raios de sol, o que pode provocar grandes perdas. A atuação conjunta dos viticultores impediu grandes prejuízos. Foi um custo extra, mas talvez a experiência não possa ser mais repetida.“O consumo de água foi muito grande e a fumaça na região colocam dúvidas sobre se isso poderá ser realmente mantido sempre quando houver problemas, a questão ambiental poderá impedir”, afirma Basile Girard (foto que abre a matéria), braço direito de Cyprien no Domaine, cujos vinhos são importados no Brasil pela impecável Cellar, de Amauri de Faria

(www.cellar-af.com.br).

 

Oka, o nome do cavalo que as aras as terras. (nadiajung.com – ph)

O Domaine possui quatro grands cru. O Charmes Chambertin, com uvas plantadas em 1957, 1973 e 1989, fica entre Charmes e Mazoyères, o que tem feito o Domaine pensar na possibilidade de vinificar uma parte de Mazoyères em separado. O Clos Saint-Denis, o Musigny de Morey Saint-Denis, é um vinho feminino, elegante, concentrado e longo. O Clos de la Roche é um vinhaço nas mãos de Arlaud, às cegas, poderia fazer barulho em uma degustação com os vinhos de Ponsot, Dujac e Rousseau. Tem um toque floral na safra 2016, em barril, que mostra uma elegância que não é qualquer vigneron que extrai desse terroir masculino.

E por fim o Bonnes Mares, uma parcela minúscula de 0,2 hectares, com uvas plantadas em 1979, que rendem um vinho masculino, com uma textura refinada e taninos de extrema elegância. Comprado pelo preço de uma vaca naquela ocasião pelos Arlauds, mas hoje os tempos são outros: uma garrafa custa mais que uma vaca. Um Bonnes Mares, que às cegas, poderia criar problemas para Roumier e companhia. Qual o preferido entre os quatro? Difícil escolher, principalmente entre os três últimos, que são vinhos que com mais de dez anos de envelhecimento estarão entre os melhores Pinots Noirs da Bourgogne. Com um novo braço de negociante, Cyprien deverá aumentar sua coleção de rótulos, com novidades em Vosne-Romanée. Definitivamente, não se pode renegar os vinhos dele ao segundo escalão, sob ameaça de que se perca o bonde quando ele ficar ainda mais famoso e seus vinhos mais caros.

 

 

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