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Romanée-Conti, nazistas, os Drouhins e o leilão da Sothebýs

Depois do leilão na Suíça em que parte da família Jayer vendeu garrafas adegadas e conservadas pelo próprio Henri por algumas décadas, agora é vez da Sotheby´s marcar para o dia 13 de outubro a venda de 100 lotes de vinhos do Domaine de la Romanée Conti (DRC) da adega da família Drouhin. As garrafas permaneceram por anos na adega privada de Robert Drouhin, que, além de comandar os vinhos de seu próprio domaine, foi distribuidor do DRC na França e na Bélgica por quatro décadas, entre 1920 e 1960.

Serão leiloados alguns dos mais raros vinhos do DRC, como as safras durante a segunda guerra mundial, com destaque ao Romanée-Conti 1945, uma das maiores safras na França e consequentemente também na Bourgogne. O ano que marca a vitória dos Aliados é um dos raríssimos notas 100 de Allen Meadows, que teve a sorte de bebê-lo em 2008 e concedeu outra nota máxima apenas ao La Tâche 1962. Curiosidade: nenhum branco bourguignon recebeu tal distinção de Meadows, que comanda a Burghound, pela qual lança quatro edições anuais centrada nos vinhos da Côte d´Or.

Parte das garrafas leiloadas foi conservada por conta de uma ideia que Maurice teve em 1940, quando os nazistas conquistaram boa parte da França. Ele pensou que seria preciso proteger uma parte da adega. Os alemães poderiam saquear. Resolveu construir um muro secreto dentro dela que pudesse servir para que centenas de garrafas pudessem estar a salvo dos alemães. Deu certo.

Há ainda mais história que pontos nesses vinhos: a família Drouhin teve participação no movimento da Resistência da França, que durante a segunda guerra tinha capitulado diante do avanço nazista. Maurice Drouhin, o pai de Robert, foi procurado pela Gestapo em 1944, sob a acusação de passar informações aos que resistiam aos nazistas. Maurice era o ponto de ligação entre os franceses e o General Douglas McArthur. Os soldados nazistas bateram à porta da casa dos Drouhin com a ordem de prendê-lo e levá-lo até um pelotão de fuzilamento. O menino Robert ouviu tudo deitado na cama de seu quarto.

Um telefonema pouco antes da visita dos soldados permitiu que Maurice pegasse uma vela e saísse correndo dos seus quartos para as adegas subterrâneas, que cobrem um hectare datam do século XIII (hoje podem ser visitadas em alguns períodos do ano, a Maison Drouhin oferece o passeio por 65 euros – https://www.drouhin-oenotheque.com/en/events/37/wine-war-and-the-drouhin-house).

Conhecedor de cada canto das adegas e com uma vela na mão, Maurice conseguiu chegar até uma passagem secreta que o levou para a rua, assim evitando a prisão e o paredão. Maurice foi então escondido por freiras durante quatro meses até que os Aliados liberassem Beaune em setembro de 1944. Depois da Guerra, em retribuição, a família doou pouco mais de 20 mil metros quadrados de vinhedos para o Hospices de Beaune.

PS: Em tempo, quem gosta do assunto pode ler o bom livro “Vinho e Guerra”, de Don Kladstrup e Petie Kladstrup, que relata as histórias de resistência de alguns produtores, como a família Drouhin e os Huet, no Loire.

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